Pode ser cruel isso que vou te falar, mas eu não sou o que as pessoas procuram.
Sou aquele tipo de pessoa que não preencho as expectativas de ninguém. Sou sempre aquele que sobra, que é escolhido por último para fazer parte dos grupos, quando já não tem mais boas opções, isso desde a escola, depois na faculdade, agora até em certos grupos de amizade. Parece que não preencho o requisito.
Sou aquele que nunca é suficiente pras pessoas. Com isso, tive que aceitar e me encarar, era assim. Também não era suficiente pra mim. Nunca inteiro, sempre uma parte, remendada. Sempre uma sobra, uma falta que não faz falta.
O olhar de inconformismo das pessoas, da falsa aceitação, tive que lidar a vida inteira com isso, até aqui. Doeu em cada ponto. Fui programado a duvidar de mim.
Então, se você chega agora e me diz que eu não sou isso, desculpa, não vou acreditar, não é assim.
Ainda vai levar um tempo para eu não me encaixar na prateleira secundária das pessoas.
Sempre achei que pegavam pesado comigo, mas jamais tive força na voz para contrariar. Aceitei um jogo do qual não tive escolhas, embora conivente. Me deram esse papel e me fizeram acreditar que eu era só mais uma opção, nunca a prioridade.
Não quero que sintam pena de mim, quero que me respeitem. E tenham paciência, porque agora, preciso me acolher primeiro. Entender que sou suficiente. Parar de ser cruel.
Benevolente.
Hudson Vicente.
Olha, uma lagrima caiu aqui com esse texto.
ResponderExcluirMeu poeta tá muito vivo sim! Verbaliza mesmo. <3