Se você sentir saudade, me avisa.
Às vezes o meu sol é meio cinza.
Meu dia se colore, ao lembrar de nós, naquela noite, de madrugada, com você chamando meu nome;
de repente tudo virou azul, virou mar, virou céu, virou benção de Iemanjá, nosso orixá.
Mas não faça como fiz, lembra de não me apagar, feito as mensagens e textos intermináveis que te escrevi, quando faltou coragem da nossa parte de se declarar.
Te amei em pânico, quando avistei, você era só uma miragem que vislumbrei. Nós fomos frágeis e findamos. De repente ficamos em silêncio.
Todos esses dias, sinto tanta saudade assim. Nada nos salvou de nos tornamos dois desconhecidos. Chegamos ao fim.
Hoje o sol não saiu. Me tornei paisagem abstrata no seu diário de ilusões. Te escrever me esvaziou. Me sinto o mar de Copacabana em ressaca.
Essa é a hora que me encolho para sentir solidão. Ontem vomitei tudo aquilo que você me fez passar, fui cruel comigo, como o tempo.
Não gosto de falar mais sobre nós. Me deixou em estado de emergência num leito de hospital depois de secretas recaídas.
Agora não te amo. Em silêncio. O dia não tem cor. É um longo caminho de volta pro espelho. É um longo caminho, mais esse recomeço.
Se sentir saudade, me manda mensagem. Agora não, mas no futuro, quem sabe...
Hudson Vicente.
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