Vou a bares
Vou a boates
Beijo homem
Beijo mulher
Beijo bem
O meu corpo
Minhas regras
Não pertenço a ninguém
Vida curta
Mundo pequeno
Ressacas e olheiras
Da poesia à boêmia
Frito
Enlouquecido
Não paro
A música não me deixa
Grito e canto bem alto
Giro sem perder o compasso
Gente esquisita
Frita
Grita
Abraça
Sente
Reflita
Música
E poesia
Liberdade
Sentido da vida é pra frente
Enfrente
Me entende?
Hudson Vicente
pobre menino
pensou que fosse amado
pensou que tivesse encontrado o amor da sua vida
em pleno carnaval
coitado
pobre menino
vestido de sorrisos
confetes e serpentinas
enfrentando uma quarta-feira de cinzas
pobre menino
de olhos amedrontados
aceitou muito pouco
sem experimentar o outro lado
pobre menino
suspirava pelos cantos
todo apaixonado
fechava os olhos e pensava ser amado
pobre menino
escrevia poesias com lirismo
em perfeito estado
descobriu que seu amor era bastardo
pobre menino
ficou sozinho e desolado
seus amigos diziam sempre
eu avisei que ele era enrolado
pobre menino
tão solitário
te desejo amores e flores
e um bem danado
pobre menino
hoje limpou os olhos
e deu um sorriso encorajado
grande menino
que sorriso iluminado
vai descobrindo o amor próprio
que esse não tem erro
apenas cuidado
grande menino
tá voando
contente mas com cicatriz
mesmo que a ferida ainda doa
você vai aprender que pode cair e sorrir
voa menino
não esconde suas asas
e nem o coração
mais cedo ou mais tarde
você vai entender toda essa confusão
vai menino
ganha o mundo
com a poesia e os olhos de tudo
menino pássaro
sonhador
eu te desejo céu azul
passarinhos e amor.
Hudson Vicente.
Quando você se cala
você diz tantas coisas
eu estou aqui
parado
segurando suas mãos
esperando a música acabar
Não precisa dizer nada
eu amo o seu silêncio
me ajoelho diante de você
perco o juízo
e minha lucidez vai para o espaço
Dear,
você não vê o que me causa?
eu estou aos seus pés
minha cabeça não para de girar
360º me conduzem até você
Me entenda
eu preciso de você
seguro forte a sua mão
eu não vou esquecer esta noite
(eu não vou)
Me deixa ficar
a música vai chegando ao fim
no refrão eu me perco entre seus olhos
desabo no seu sorriso
Eu estou de joelhos
parado na sua frente
a música me conduz até você
não me deixe ir
Não me deixe ir
senão eu me perco
senão eu me perco
não me deixe ir
Oh,
dear...
Hudson Vicente.
