quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

I miss you



Parecia o fim do mundo
Era mais uma aurora
Coloquei nossa música
Quem vai contar a história?
Aquele casal que não casou
Deram alguns beijos e rodopiou
Em fins de tarde só sobrava felicidade
No início da noite talvez saudade
Tudo de mim
Parte de nós
Ele sorria bonito para mim
Eu beijava gostoso o corpo dele
Bastava um estar perto
O outro sorria alegre
Eu era mais dele do que a estrela era da noite
No céu a gente era imensidão
Construindo loucuras
Amando bobagens
Vou sentir saudade
Queria te mostrar a eternidade
Fica lembrança
Amizade ou vontade
Foi incrível te conhecer no caminho
Boa sorte na sua viagem
Você foi um dos planetas mais lindos que esbarrei pela galáxia
Foi minha pessoa favorita no melhor início de ano de todos
Sua alma dançou feliz com a minha
Vou sentir saudade!

Hudson Vicente.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Amante



Coloquei música no som da saudade, deixei perfume nas roupas em cima da cama, bilhete de 'bom dia, obrigado pela nossa (boa) transa'. Acho que esquecemos de ter carinho. No meio do caminho tropecei numa dor de cabeça infernal, doía só de lembrar aquele tumulto todo em cima da gente por causa dos nossos beijos, em protesto por liberdade, por amor carnal. Que mal a gente fez? Nos desnudamos por puro prazer. Nem orgasmo chegamos perto de ter, ali no canto escuro da rua. Ninguém notaria, mas acenderam a luz e gritaram. Corremos, feito dois vira-latas, sedentos um pelo outro. Transpirávamos e exalávamos desejo. Foi lá mesmo, em qualquer rua, em um beco bem apertado, pulamos o muro e caímos na cama. Minha boca já percorria todo seu corpo que, de tão quente me queimava como o fogo do inferno, para o qual aqueles crentes diziam que nós íamos para lá. Minha língua deslizava sobre você, se contorcendo de prazer. "Mais, mais, assim mesmo. Não para, baby!", você gritava. Eu ia junto e dizia todas as sujeiras de que minha boca fosse capaz de mencionar. Te amei ali. Amor carnal. Gozamos. Plenos. Suados. Alvoroçados. E depois apagamos. Sonhar nunca foi tão tranquilo. Tive que acordar cedo. Minha cabeça ainda girando. Parecia lsd, mas era mais álcool. Fumei 'um' antes de sair. Te dei um beijo na testa e você sorriu. Confesso, quase não resisti. Te toquei, quase despertando, mas me contive. Sai dali feliz. Não deixei meu número, não disse meu nome, mudei o endereço. Fui covarde. Deus lá em cima me aponta como Judas. Eu daqui debaixo sorrio como Diabo. Se ambos existem, a gente já sabe qual é o nosso papel. Não nasci pra ser santo e nem bancar o romântico. Tenho o coração acelerado que quando perguntam por onde ele responde, digo logo, com um sorriso arreganhado: "com o pau, é claro!".Vou caminhando por essas ruas cheio de incertezas. Cheio de saudade. Com a boca cheia de tesão. Que cena! Que noite! Que espetáculo! Ainda tem seu perfume na minha caminhada. É capaz que na próxima esquina, eu já encontre o meu novo amante.

Hudson Vicente.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

No meio do caminho eu vou sorrir



Meia noite de janeiro de dois mil e dezessete, isso é só um número, para muitos era ano novo, esperança, renovação, prosperidade, amor, novos tempos; para outros continuação, marasmo, mais um dia, menos um dia, outra página em branco. Aqueles fogos na beira da praia durante onze minutos, eram para terem sido doze, mas foram onze, dançavam felizes no céu, e se era possível, o céu conseguiu uma proeza, ficou ainda mais bonito. Inexplicavelmente lindo. Tomado de sorrisos por milhões que te aplaudiam, onde poucos desconfiavam que no meio do caminho tinha um amor. Aquele amor de paixão que de vez em quando a vida nos permite sorrir. Sem peso, com leveza; faz a barriga doer, sentir um incômodo e deixar as borboletas voarem. Qual sua relação com meu estômago? Desde que você apareceu, ele não para de se remoer aqui dentro. Tem gente que sem intenção desperta muito mais que carinho. Ele afeta. Ele aperta. Faz sorrir de graça. É cedo, mas paixão não tem razão, nem destino certo. É o acaso da alegria.
A partida é inevitável, mas quando for embora, lembra de querer ficar. A saudade vai doer, mas não vai rimar com dor. Ela termina em vontade. Longe ou perto, não importa, quando se vive, a gente alcança o céu. 
Obrigado por ter me feito voar, por ter voado comigo. Obrigado por ter sido aquilo tudo que eu nunca tive no meio do caminho. Eu vou sorrir sempre quando lembrar de você.
Deixa eu guardar seu sorriso no meu coração?

Hudson Vicente.