quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Quando chove, a alma floresce


Chovia muito. Gritaram para que eu abrisse o guarda chuva. Senti até frio. Mas não o fiz. Deixei cair cada gota. Uma nova história, era o que eu precisava. É o que se faz quando a alma não está em paz. Deixa limpar o que não está certo, tira as cascas do duvidoso, cura, ainda que momentaneamente, a tristeza do coração. É o que se pode fazer nesse temporal. Chovia e minha alma dançava feliz na chuva.
Feito gratidão, ali, de ombros cabisbaixos, cabeça baixa, cansaço físico e emocional, eu era poesia. O mundo caos.
Quando chove, floresço.
Resfriado se cura com comprimidos. Dor, só se cura com muito amor. E eu sou amor... quando venço minhas batalhas, afrontando meus demônios internos.
Pode chorar, as impurezas, a chuva leva, o vento sopra e seca; se olhar pro céu, pode construir um arco-íris só teu. Ai de quem duvidar.
Menino, tua flor, deixa molhar!

Hudson Vicente.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Bons ventos


Quis sonhar junto mas você tinha medo de fechar os olhos e acreditar!

Mudei de quarto, de lado, de cama, de posição, mas o sono não vem.
O que é que você tem?
Não era o momento. Você não estava confuso. Você só não queria, entendo. Tem gente que se esconde, quando é para abrir o coração. Agora a gente já não procura mais o outro. Tudo por uma questão de orgulho. Lamento. Também não quero ser seu amigo. Já tenho muitos amigos para cuidar. É melhor a distância, daquilo que pouco foi próximo. Diremos um para o outro, como no latim: carpie diem. Vai lá, aproveite o momento!
Me assustei quando pensei que saudade não passasse. Vou acenar de longe e te desejar coisas boas. Nossos laços, a vida transformou em nó; porque a gente no fim, nunca é felizes para sempre.
Bons ventos, pessoa!

Hudson Vicente.