segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O céu mais parece você



Mulher: no ápice de sua solidão
Cercada de água, nuvens e verde
Pássaros te sobrevoam
No céu, as nuvens pesadas, não caem
E mais parecem consigo mesma
Fechada, nebulosa
Não tem chão, sobrevoa imersa no nada
Não nada, afunda
Muda mas barulhenta
Grita o silêncio dos desesperados
Sente falta do quê?
Cotidiano feliz, coração preenchido
Anda sem direção, apenas por caminhar
Não sabe aonde vai parar
Talvez 
Mais a frente, uns sorrisos, abraços e afagos
Se afoga no mar em volta, não tem forças para lutar contra a correnteza
A maré alta te puxa
Ela cede
Ceder é desistir de si
Não batalha
Mas ainda sobrevive
Não se sabe até quando...

Hudson Vicente

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