quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Quando chove, a alma floresce


Chovia muito. Gritaram para que eu abrisse o guarda chuva. Senti até frio. Mas não o fiz. Deixei cair cada gota. Uma nova história, era o que eu precisava. É o que se faz quando a alma não está em paz. Deixa limpar o que não está certo, tira as cascas do duvidoso, cura, ainda que momentaneamente, a tristeza do coração. É o que se pode fazer nesse temporal. Chovia e minha alma dançava feliz na chuva.
Feito gratidão, ali, de ombros cabisbaixos, cabeça baixa, cansaço físico e emocional, eu era poesia. O mundo caos.
Quando chove, floresço.
Resfriado se cura com comprimidos. Dor, só se cura com muito amor. E eu sou amor... quando venço minhas batalhas, afrontando meus demônios internos.
Pode chorar, as impurezas, a chuva leva, o vento sopra e seca; se olhar pro céu, pode construir um arco-íris só teu. Ai de quem duvidar.
Menino, tua flor, deixa molhar!

Hudson Vicente.

9 comentários:

  1. Gostoso, leve e brejeiro, este textículo, meu amigo! Que venham muitas e inspiradoras chuvas sobre sua mente e alma e se transformem em novos deliciosos textos, viu?

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  2. Inteligência e sensibilidade são ingredientes, quando bem combinados, tocam nossas almas. Parabéns por mais um tocante texto repleto de metáforas.

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  3. Que delicia de leitura. Fumei um chá e viajei nessa <3
    obrigado por me proporcionar isso. Você é incrível<3

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  4. Mais uma repleta de leveza e amor. 😍

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  5. Faz um tempo que não leio tuas emoções. Senti saudade e aquele misto de prazer ao ler nesse exato momento.
    Parabéns não só por se entregar, mas por despertar em mim os mesmos sentimentos.
    Escreve muito lindão, tu é outro nível!!

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