Meu impulso fala por mim
Desconheço certos tempos
Alguns caminhos, quando não ando:
Agonizam
Me cerco de fim
Quando não amo, não transbordo
Assim é meu tom
Meu dom, é escrever sobre o agora
Que amarrota meu peito
Mas não morro
Nem sufoca
Só sei escrever
Quando paro pra pensar
Me cerco de devaneios
É meu pesar
E se ainda achar que me conhece
Disfarço, sou infindo pra caber
No infinito toco meu mundo
Troco passos
Respiro saudade
No desejo: não morro; passa
E fica só o que não foi
No fundo eu sou só alguém
Que transcende enquanto
Deixa saudade
Para um dia sentirem
E falarem: "esse era especial"
Eu sou vários
E não me troco.
Hudson Vicente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário