quinta-feira, 4 de junho de 2020

Eu, você e a lua


Conheci um rapaz, trocamos beijos, carícias e um pouco mais.
Enamoramos, só ele, eu e a lua. O melhor relacionamento a três.
Tinha céu, tinha música, tinha nós. Em tão pouco tempo, tinha afeto. É ou não é revolucionário?
Que ninguém me ouça, eu ficaria ali junto contigo por tanto tempo, até a eternidade desconfiaria de tanto sentimento.
Sei lá o que senti, tenho medo de descrever. Outros dirão que foi tesão, não vou negar, te queria, nu, só pra mim, mais perfeito, só o amor.
Ah, e aquela lua também... iluminada, te fazia brilhar.
Quem duvidaria que você era meu astro preferido em toda aquela festa.
Nada separava a estrela do poema. A gente sorria feito de amor.
É tão cedo. Olhei no relógio e parecia tão tarde.
Suspirávamos como dois jovens alucinados. Em busca do que a maioria ostenta, poucos tentam, era vontade de verdade.
Queria ser feliz pra sempre. Felicidade demais enjoa. Não dura, eu sei.
Sua alma me fazia companhia. Nem sei dizer o vi quando nunca te notei.
Alguns encontros a gente escreve pra nunca acabar. Prolonga o caminho, minha alma desalecera, como em êxtase, nós nunca nos conhecemos.
Seria minha fantasia?
Os deuses da poesia que me perdoem, mas eu te encontrei, e perigo não me achar.
Queria eu que essa prosa desse em versos.
Eu, você e a lua. Só.

Hudson Vicente.

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