Nosso carnaval é quarta feira de cinzas
Confetes e serpentinas enfeitam
Suores e gozos esparramados pelo chão
Pela casa, na varanda
Da janela muita transa e desejo
Nossa alma suja
Carne feita de carnaval
Era tanto bacanal
Na esquina das ruas
Nos becos apertados das vielas
Como num sopro nos comíamos a festa inteira
Para festejo de nossas almas
Findas carnavalizadas
As marchinhas anunciavam:
Não sabia se era homem ou mulher
Menino ou menina
Tira minha fantasia
Me rasga na avenida
Nus em transe a gente transa
E dança
E pula
E come
Ressaca
Agora para
Sossega
Depois volta pro meio do baile
Perdemos aquele bloco
Nossos nós
E a poesia
Findou
Criamos laços
Desamarramos
Eram Pierrôs e Colombinas
Sem Arlequins para atrapalhar a festa
Malandros, bois, batuqueiros, caboclos
Todos presos no salão
Liberdade
O álcool virou água sem gelo
As luzes se apagaram
Ainda em transe
Final da fantasia
Não foi eterno
(des)mascarados
Acabou
Desgozo da alma
Fim de festa.
Confetes e serpentinas enfeitam
Suores e gozos esparramados pelo chão
Pela casa, na varanda
Da janela muita transa e desejo
Nossa alma suja
Carne feita de carnaval
Era tanto bacanal
Na esquina das ruas
Nos becos apertados das vielas
Como num sopro nos comíamos a festa inteira
Para festejo de nossas almas
Findas carnavalizadas
As marchinhas anunciavam:
Não sabia se era homem ou mulher
Menino ou menina
Tira minha fantasia
Me rasga na avenida
Nus em transe a gente transa
E dança
E pula
E come
Ressaca
Agora para
Sossega
Depois volta pro meio do baile
Perdemos aquele bloco
Nossos nós
E a poesia
Findou
Criamos laços
Desamarramos
Eram Pierrôs e Colombinas
Sem Arlequins para atrapalhar a festa
Malandros, bois, batuqueiros, caboclos
Todos presos no salão
Liberdade
O álcool virou água sem gelo
As luzes se apagaram
Ainda em transe
Final da fantasia
Não foi eterno
(des)mascarados
Acabou
Desgozo da alma
Fim de festa.
Hudson Vicente.
Mais uma gostosa e oportuna poesia livre, que dispensa métrica e rima! Manda ver, meu bom!
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