eu corro
desço o morro
peço socorro
senão eu morro
por desgosto
ao te ver partir de novo
fecho os olhos
as lágrimas não caem
procuro meu cais
ruas transversais
ladeiras finitas
obras tão banais
me sento no chão
garrafa na mão
queria agora ter um violão
te faria uma triste canção
repleta de solidão
dou mais um gole
teu jeito foi um tiro
um golpe
mansinho caí
me joguei no teu caos
amei
surtei
me entreguei
embebedei
teus olhos de ressaca
me fizeram pular da sacada
de cara embriagada
me estrepei na calçada
teu amor não existia
era só sexo e mais nada
por noites te alcancei
nos caminhos que te percorri
só restou um rosto acabado
em um sábado lotado
de frente pro fim
de mim
nas auroras que amanheci
poucas do teu lado
me deixavam esperanças
de tudo ser prolongado
não eram
motivo eu nunca dei
cansei
te odiei
espero que sofra
todo um amor renegado
não é do meu caráter
mas a vida nos prega peças
me esquece pobre diabo.
Hudson Vicente.
Meu amigo, para mim, esse é, sem sombr de dúvidas, o melhor de teus textos! Como te disse, com o tempo há o aprimoramento e isso pode ser claramente sentido em tua incipiente obra. Avante, pois, se a caminhada é longa, com a persistência, a vitória é certa! Estamos juntos, está bem? Conta sempre comigo!
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