terça-feira, 3 de janeiro de 2017

No meio do caminho eu vou sorrir



Meia noite de janeiro de dois mil e dezessete, isso é só um número, para muitos era ano novo, esperança, renovação, prosperidade, amor, novos tempos; para outros continuação, marasmo, mais um dia, menos um dia, outra página em branco. Aqueles fogos na beira da praia durante onze minutos, eram para terem sido doze, mas foram onze, dançavam felizes no céu, e se era possível, o céu conseguiu uma proeza, ficou ainda mais bonito. Inexplicavelmente lindo. Tomado de sorrisos por milhões que te aplaudiam, onde poucos desconfiavam que no meio do caminho tinha um amor. Aquele amor de paixão que de vez em quando a vida nos permite sorrir. Sem peso, com leveza; faz a barriga doer, sentir um incômodo e deixar as borboletas voarem. Qual sua relação com meu estômago? Desde que você apareceu, ele não para de se remoer aqui dentro. Tem gente que sem intenção desperta muito mais que carinho. Ele afeta. Ele aperta. Faz sorrir de graça. É cedo, mas paixão não tem razão, nem destino certo. É o acaso da alegria.
A partida é inevitável, mas quando for embora, lembra de querer ficar. A saudade vai doer, mas não vai rimar com dor. Ela termina em vontade. Longe ou perto, não importa, quando se vive, a gente alcança o céu. 
Obrigado por ter me feito voar, por ter voado comigo. Obrigado por ter sido aquilo tudo que eu nunca tive no meio do caminho. Eu vou sorrir sempre quando lembrar de você.
Deixa eu guardar seu sorriso no meu coração?

Hudson Vicente.

3 comentários:

  1. Perfeitamente massa, meu amigo! Queria ter um eu-poético assim, doce, suave, que se entrega. Mas, sou troncho, duro na hora de escrever, embora seja doce, suave, na hora de me entregar. Muito massa, mesmo! Abração e tudo de bom!

    ResponderExcluir