quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Difícil desatar o nó de nós


incrível, sensível
quando me olha
com desejo,
perco a calma,
te dou um beijo.

arrepia até a alma
ri na minha cara,
me encara, agora
ou manda embora,
perco a hora, perco tudo.

respira fundo
me chama pro teu mundo.
por que não te amam?
- pergunto.
sem respostas, recomeça lá fora.

me beija de novo
tua boca doce
me beija(va) com liberdade
como era difícil
desatar o nó de nós.

teu cheiro de passado
me enjoa
ele é familiar.
mesmo depois de anos
não dá pra (te) esquecer.

aqui na sala de estar
tem uma poesia (nova) te esperando
solitária, igual eu,
com uma garrafa de vinho
aberta pela metade.

consegue vê beleza?
no caos, renasço e morro
frequentemente, sem ninguém me notar.
ela já não me chama mais
para conversar.

sabe que eu erro tanto quanto respiro.
a música ajuda a gente
a passar pelos dias ruins.
descobre logo tuas asas
tu nasceu pra voar.

às vezes grita
pira
delira
e a outra parte
é só solidão.

Hudson Vicente.

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