quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Alguns delírios diários



Nem todo o conhecimento explicará.
A estupidez, minha solidão, adjetivos, meus desafetos, tantas reticências...
Vomito cada palavra que em mim não traduz os sonhos diários, minhas mal ditas ilusões.

Na minha bagagem confusa
Escondo esse amor maldito.
Narciso que entende o sentido do espelho quebrado mas é incapaz de se revelar esquecido.

Felizes são os sentimentos leves que a gente encontra pelo caminho.

De alguns lugares, anseio a distância.
Quis muito te deixar ir embora (porque doeu), se escolhesse partir, eu já teria partido.

Até o vento suspirar de volta
Tomara que traga você.

Quando chegar, vai estar uma xícara de café te esperando, vou continuar escrevendo em paz, sem te reparar, enquanto me balanço sozinho na cadeira de canto do velho cômodo mofado.

Ainda te espero sob olhar atento dos passarinhos soltos em cima da minha caixa d'água.

Não precisa tirar os sapatos quando for voar.

Ainda me restam alguns delírios diários sobre nós...

Hudson Vicente.

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