quinta-feira, 11 de julho de 2019

As borboletas nunca foram embora

Não me leve a mal, eu tenho um coração enorme, tão grande que cabe tantas coisas boas. Sorrisos, brilho nos olhos, abraço-casa, ternura e pouco de saudade também. Às vezes é saudável, às vezes me destrói, parece que vai sair pela boca. Tem quem duvide. Tem quem ache exagerado. Tem quem ache lindo. E tem eu que acho isso tudo um grande espetáculo que a vida proporciona. Frequentemente ele me sabota, mas não tem problema, sempre levanto. É claro que queria ter um manual de instruções, e dizer assim: "por favor, sinta menos", eu queria era sentir menos.
Contudo, meu coração é grande. Ele é intenso. Quando decide amar, dá espetáculo. Também passa vergonha, é bem verdade. Não me importo. É privilégio. Nesse mundo tão engessado e caricato, até que amar demais, me faz sair da curva, sensato.
Lamento por quem se esconde, quem não se doa. Quem perde o prazer de deixar as borboletas voarem. Eu não. Eu nasci assim, grande.
Coração feliz pulsa sem saber a hora de parar. Deixa pulsar. Só vai saber se entregar.

Hudson Vicente.

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